Bancos sinalizam aumento de crédito para pequenas empresas em 2015 – 12/12/2014

São Paulo – O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o presidente da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal, sinalizaram ontem para aumento do crédito para pequenas e médias empresas e maior inclusão financeira em 2015.
Segundo Tombini, para que a economia retome o ciclo virtuoso é preciso que o País enfrente três desafios, sendo que o primeiro deles é a “consolidação da inclusão financeira”. O ministro afirmou que, nos últimos anos, 40 milhões de novos usuários foram agregados ao sistema financeiro nacional.
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“O desafio agora é qualificar esse processo. Ampliar o leque de produtos e serviços ofertados a esses novos usuários, tornando-os mais eficientes e eficazes ao menor custo possível”, disse Tombini, em evento da Febraban e pela Confederação Nacional das Instituições Financeiras.
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“Precisamos também fomentar o hábito de poupar, aperfeiçoar as parcerias público-privadas em prol da educação financeira e continuar avançando na introdução de novas tecnologias de acesso e facilitação das transações financeiras”, completou o ministro.
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Portugal salientou que a entrada das classes menos favorecidas no sistema financeiro ampliou em 56 bilhões o número de transações bancárias. De acordo com ele, nos últimos cinco anos, o número de cadernetas de poupança passou a marca de 125 milhões de contas e, nos últimos 10 anos, a população bancarizada cresceu ao ritmo de 8% ao ano, sendo que hoje seis em cada 10 brasileiros têm conta em bancos.
“Os números sinalizam, de maneira inequívoca, a contribuição e o compromisso do setor bancário com o desenvolvimento econômico e social do País”, disse o presidente da federação dos bancos.
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Empresas
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Portugal reconheceu, entretanto, que os bancos ainda têm “muitos desafios por setor pela frente”, como a ampliação do crédito “em especial naquelas ilhas onde o setor privado ainda não conseguiu ter uma participação expressiva, como financiamento e investimento de longo prazo”.
“Outro tema importante é o financiamento de pequenas e médias empresas”, ressaltou.
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O financiamento às PMEs também foi destacado por Tombini como um dos desafios a serem cumpridos para aquecimento da economia.
“Como todos sabemos, é um segmento de vital importância para economia de qualquer país, seja pelo potencial de geração de emprego, como pelo potencial de desenhar de forma complementar as cadeias de produção”, sublinhou o presidente do BC.
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“E o crédito é peça essencial para o desenvolvimento desse segmento, principalmente as linhas de capital de giro. Nos últimos anos observamos avanços importantes, mas ainda estamos muito longes do que poderíamos considerar ideal”, acrescentou.
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Tombini afirmou, por fim, que o terceiro desafio é a integração do sistema financeiro com o mercado de capitais, para a criação de financiamentos e investimentos produtivos de médio e longo prazo.
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“O formato de crescimento sustentável nos próximos anos depende da recuperação de investimento privado, sendo o acesso a recursos com custo de maturação adequado peça essencial para isso”, pontuou.
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Cenário de 2014
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Apesar do cenário promissor traçado para 2015, as pequenas e médias empresas viram o acesso ao crédito minguar no últimos anos, após os bancos adotarem políticas de maior seletividade de crédito.
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Matérias publicadas pelo DCI mostram que os maiores bancos brasileiros endureceram as políticas de empréstimos às pequenas – no Itaú, por exemplo, a participação desse segmento no estoque de crédito da instituição caiu 25,1% a 17,7% nos últimos três anos.
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Fonte: DCI – SP Pedro Garcia – FENACON