O setor de serviços, o de maior peso na economia, pisou no freio e cresceu menos em outubro, com alta de 5,2% frente ao mesmo mês do ano anterior. A taxa é inferior à de setembro – 6,4%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) na manhã de ontem. Em agosto, o setor havia registrado uma alta menor do que a de outubro: 4,5%. De janeiro a outubro, os serviços somam um incremento de 6,5%. Em 12 meses, a atividade acumula expansão de 6,8%. 
Setor de serviços cresce 5,2% em outubro, diz IBGE – 17/12/2014
Todos os números não consideram a evolução da inflação e se referem, portanto, ao faturamento nominal do setor de serviços. Esse fato dificulta a análise, pois não se sabe o real ritmo de crescimento do setor, desconto o efeito da variação dos preços sobre o faturamento das empresas. 
 
INFLAÇÃO 
Porém, o desempenho do setor de serviços, sobretudo os destinados às famílias, tem sido afetado neste ano pela inflação elevada. Os preços dos serviços ao consumidor sobem a um ritmo anualizado em 8% e 9% diante da menor concorrência em alguns ramos e do rendimento, que ainda está em expansão – embora já dê sinais de arrefecimento. Em outubro, o resultado foi puxado pelos serviços prestados às famílias (alimentação, hospedagem e outros), que registraram crescimento de 6,8%. 
 
Outro ramo com desempenho favorável foi o de serviços profissionais, administrativos e complementares, com alta de 11,3%. Esse segmento tem se destacado, pois concentra a alocação de mão de obra terceirizada e consultorias, serviços cada vez mais repassados pela indústria e outros ramos a empresas especializadas. 
 
Segmento de maior peso na pesquisa do IBGE, transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio teve alta de 3,1% – abaixo dos 6,5% de setembro. O ramo foi prejudicado pelo fraco desempenho do transporte aéreo, que, após alta de 16,9%, avançou apenas 0,3 em outubro. 
O IBGE promete para 2015 apresentar os dados dos setor de serviços considerando a evolução da inflação e também realizar comparações com o mês anterior – o que não é possível porque a série histórica é curta e impede que se estabeleça um padrão de comportamento do setor ao longo dos diferentes meses do ano.
 
Fonte: Folhaweb

