A importância de se fazer a diferença

Às vésperas de se decidir uma das mais disputadas e surpreendentes eleições presidenciais da história recente de nosso País, vivenciamos algo que comprometeu ainda mais com este já comprometido cenário político brasileiro.

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Como se não bastassem as reincidências ilícitas praticadas por aqueles que sempre defenderam a moral, a ética, como sua maior bandeira, agora se utilizam de sofismas, na tentativa de fazer com que mentiras, propositalmente maquiadas por determinados argumentos, possam parecer reais. Tudo para tentar equilibrar a balança da desonestidade e da corrupção, pois na medida em que nossos representantes não conseguem competir em ideias em projetos em competência melhor se demonstra tentar fazer com que a ilegalidade de um(a), seja maior do que a do(a) outro(a), ou ao menos, demonstrar que todos comungam da mesma ilicitude.
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Assim, diante de tantos crimes e de tamanha impunidade, o que nos parece, é que em nome deste poder, tudo se pode. Arruínam vidas, comprometem projetos, ferem princípios, acometem de morte sonhos, jogam na lama a esperança de toda uma Nação.
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Contudo, estes procedimentos geram ainda outro grande problema para o Brasil, pois na medida em que se presencia algo de tamanha barbárie, grande parte da população tende a pensar de maneira equivocada que todos os políticos são iguais e que a única maneira de governar o País é por meio da corrupção ou jogo de interesses particulares.
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Com certeza não é através deste errôneo pensamento que conseguiremos mudar a realidade de todos nós. Não é pelo motivo de um sonho frustrado que não poderemos sonhar novamente. Não é pelo motivo de que um representante político jogou no lixo, em troca de migalhas, toda uma história de luta, que todos os representantes políticos adotarão a mesma postura. Não é pelo fato de que o poder para alguns está acima de tudo e de todos, que todos venderão a sua própria vida e a honra de seus pares em troca de um poder que teima em comprometer a realidade de toda uma Nação.
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Cada um de nós tem uma responsabilidade muito grande nesta eleição. Já que tanto a situação como a oposição defende a bandeira da mudança, que sejamos nós os primeiros a promovermos essa mudança. Primeiramente punindo os corruptos, negando o voto aos envolvidos em todo esse emaranhado de crimes e de ilicitudes, mesmo que eles próprios, a título de defesa, argumentem inutilmente que de nada sabiam e que nada fizeram.
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Para tanto, extremamente necessário que de igual forma, além de não votar em políticos que não merecem o seu voto, importante que se escolha um candidato que tenha um passado coerente com a respectiva proposta de trabalho, e que tudo seja condizente com os seus valores.
Neste contexto, é preciso enfatizar que o ato de não votar não é suficiente para mudarmos a nossa realidade. Esse errôneo procedimento poderá ser determinante para se aprovar, de uma forma silenciosa, um governo que em nada contribui para o desenvolvimento sustentável do nosso País.
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Ainda, importante se atentar para a hipótese de se indagar do porque gastar tempo com isso se, no fim das contas, será tudo igual.
Saiba que somente a nossa consciência aliada com a nossa atitude é que poderá mudar tudo. Somente esta sinergia que atravessa montes, transpassa limites, vence barreiras, é que poderá trazer para os nossos dias, o brilho da esperança que, diante de tantas falcatruas e tantos desmandos, por vezes se apagou dos nossos dias.
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Por fim, mesmo que todos se demonstrem indiferentes, desacreditados com a mudança, mesmo assim, acredite em sua atitude. O seu ato consciente pode mudar o pensamento e, consequentemente, a realidade de toda uma Nação.
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Acredite, pois este pequeno ato certamente fará toda a diferença.
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LUIZ PAULO JORGE GOMES, é Advogado, sócio da Jorge Gomes Advogados, Mestre em Direito Tributário pela PUC/SP.
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